Alfredo Maciel da Silveira
Sergio Augusto de Moraes
Outubro - 2018
A decisão da disputa eleitoral
nos últimos dias que antecedem as eleições já aconteceu em vários países. Esta
é uma das chances que nos resta.
Como? Já está claro que o
candidato em melhores condições de derrotar Bolsonaro num segundo turno é Ciro
Gomes. Não só pelos números de rejeição indicados pelas sucessivas pesquisas de
opinião como também por suas características políticas, a começar pela
composição de sua chapa, claramente de centro-esquerda.
Por este caminho temos duas
chances de derrotar a direita golpista. A primeira pela via acima indicada:
concentrar votos em Ciro neste primeiro turno. Se ele for para o segundo turno
metade da vitória estará garantida por sua baixa rejeição contra a grande
rejeição de Bolsonaro. Difícil mas não impossível.
A outra, no segundo turno, caso
Ciro não consiga superar Haddad, será muito influenciada pelo primeiro turno.
Isto porque, os dois candidatos que forem ao segundo turno terão que negociar
com o centro e a esquerda democráticos para serem
vitoriosos. E neste caso o cabedal de votos de Ciro poderá ser negociado com
Haddad visando um governo de centro esquerda capaz de bloquear os desvios antidemocráticos
do lulopetismo.
A hora não é de sonhar, é de
pragmatismo. Para reduzir os riscos da nossa jovem democracia.
Prezados Sérgio e Alfredo,
ResponderExcluirO grande desafio na hipótese do Ciro (ou o Alckmin, que eu defendo em primeiro lugar) não ir para o segundo turno é a viabilidade desta negociação com o PT, que não foi capaz de fazer qualquer autocrítica dos seus graves erros - que levaram ao fortalecimento da ultra direita ao ponto de, pela primeira vez desde a redemocratização em 1945, chegar ao poder pelo voto - particularmente o escandaloso esquema de corrupção implementado na administração pública, que revelou um total descompromisso com a democracia.
Um abraço,
Luiz Antonio Martins (Gato)
Corrigindo: " ... que levaram ao fortalecimento da ultra direita ao ponto de, pela primeira vez desde a redemocratização em 1945, TER GRANDES POSSIBILIDADES DE chegar ao poder pelo voto ..."
ExcluirÉ claro que Ciro Gomes não vence Haddad. Historicamente falando, ninguém venceu dessa distância. Isso é engodo dos antipetista que preferem ver uma continuação de temer no poder, piorado, porque será legimo, virtual, covarde e facistas. Parem de enganar o povo. Só Haddad pode ir para o segundo turno com a coisa isdruxula. Já no segundo turno Boulos virá, Ciro virá porque vai querer um cargo, até eleitores de Alckmin que são direita, mas não facistas. Essa é a jogada, o resto é golpe
ExcluirÉ claro que Ciro Gomes não vence Haddad. Historicamente falando, ninguém venceu dessa distância. Isso é engodo dos antipetista que preferem ver uma continuação de temer no poder, piorado, porque será legimo, virtual, covarde e facistas. Parem de enganar o povo. Só Haddad pode ir para o segundo turno com a coisa isdruxula. Já no segundo turno Boulos virá, Ciro virá porque vai querer um cargo, até eleitores de Alckmin que são direita, mas não facistas. Essa é a jogada, o resto é golpe
ExcluirXará / Alfredo
ResponderExcluirConcordo com vocês. O Ciro Gomes foi Prefeito de Fortaleza e Governador do Ceará. Nessa época estive muitas vezes no Ceará e conheci o seu trabalho. O Ceará se desenvolveu muito em várias áreas, especialmente, educação, saúde, administração de recursos hídricos e crescimento industrial com o Porto/Indústria do Pecém. Pelo que percebi tem muito boa capacidade de articulação em torno de um projeto de desenvolvimento que faz muita falta ao Brasil de hoje.
A polarização em curso e o ódio que ela gera não são saudáveis para a democracia. De um lado, a classe média do Sul e Sudeste revoltada com a corrupção, a ineficiência do Estado e a irresponsabilidade dos governantes descrê em soluções políticas convencionais e criminaliza a política. Escolhe como objeto de seu protesto um fascista autodeclarado. De outro, um povo pobre e sofrido teme pela perda do Bolsa Família, do salário mínimo da aposentadoria e do Benefício de Prestação Continuada que, na maioria das vezes, mal dá para sobreviver. Apega-se a um mito corrupto e eleitoreiro cujo principal objetivo é sua sobrevivência política.
Não se pode dizer que, do ponto de vista de suas aspirações, qualquer dos dois grupos esteja equivocado. Cada um joga nas eleições todas as suas angústias. Entretanto, podemos afirmar que a solução que se avizinha é uma catástrofe anunciada.
Como diz um cartunista da Folha, cujo nome não me lembro, “essas eleições abriram as portas do inferno”. Tomara que eu esteja errado.
Abraços
Sergio Gonzaga
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