Um imenso tribunal

O sociólogo Luiz Werneck Vianna (PUC-RJ), em artigo no Estadão - 1/10/2017- analisa o risco de crise institucional com o seu método de análise da formação histórica da civilização brasileira.
"(...) a especificidade da civilização brasileira se caracterizava em pôr antagonismos em equilíbrio(...)Aqui, a tradição e o arcaico têm convivido com o moderno e a modernização, e temos sabido tirar proveito dessa ambiguidade para forjar nossa civilização".
"(...) Banir ou suspender a atividade política a pretexto de moralizá-la é nos deixar no vácuo, entregues a um governo de juízes ou a uma recaída num governo militar, e esse é um desastre com que contamos tempo para evitar".
Segue a íntegra.

Um imenso tribunal

Em outros tempos bicudos, não tão distantes desses que aí estão, celebrado poeta popular lançou a profecia de que, no andar da carruagem em que nos encontrávamos, iríamos tornar-nos um imenso Portugal. A predição não se cumpriu. Aliás, Portugal está muito bem, e as reviravoltas do destino nos conduziram a um lugar de fato maligno, convertendo-nos num imenso tribunal. Vítimas da nossa própria imprevidência, testemunhamos sem reagir a lenta degradação do nosso sistema político – salvo quando o Parlamento introduziu uma cláusula de barreira a fim de evitar uma malsã proliferação de partidos, a maior parte deles destituída de ideias e de alma, barrada por uma intervenção de fundo populista por parte do Supremo Tribunal.

Bill Gates quer acabar com o capitalismo

Sergio Augusto de Moraes
Outubro/2017
                                                                                                                                                                    
Já que o dono da Microsoft, uma das maiores empresas capitalistas do mundo, não é maluco, a conclusão que pode ser tirada do que diz é que ele tem uma interpretação singular do funcionamento do sistema.
A revista “Exame” de 13/09/2017 relata que Lawrence Summers , ex-secretário de Tesouro americano declarou que “...existem sinais de que agora, com os avanços da robótica e da inteligência artificial, a “destruição criativa” não seja suficiente para suprir os empregos perdidos. ”Não é uma possibilidade futura e hipotética. É algo que está se manifestando diante de nós hoje” diz o ex-secretário.

Pós Trump - uma sociedade americana ainda mais dividida?

"Muitos progressistas pensam que os problemas acabarão quando Trump sair da Casa Branca. Não é verdade. A divisão e a radicalização que está criando terão consequências graves(...)".
O correspondente Henrique Gomes Batista (O Globo, 1/10/2017) ouviu especialistas que já anteveem o aprofundamento das divisões da sociedade norte americana exacerbadas pelo personalismo grosseiro e antipolítico do Presidente.