Sobre a REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917

Uma revolução perdida?

                                      Prof. Airton de Albuquerque Queiroz
Economia - UFF - agosto 2017
                                                 


                                                    
Eu não acho que a Revolução Russa de 1917 tenha sido perdida, como se dela nada restasse, a não ser dores e penas.

Apesar do grande número de perdas de vidas, o que é difícil de se evitar, em se tratando de revoluções, eu não acho que os eventos de 1917 e posteriores tenham somente fatos a lamentar.

Pode não ter alcançado seu objetivo teórico, a construção do Comunismo, mas isso foi mais do que pressentido pelos líderes daquela revolução, uma vez que, não só na Alemanha desenvolvida (para os termos da época), como igualmente em outros países de capitalismo avançado, não houve a tomada de poder pelo proletariado, condição que todos eles julgavam indispensável para construção de uma alternativa socialista sem as dores sofridas e erros cometidos.

Os dirigentes da revolução russa não tiveram outra alternativa, senão tentar avançar com a revolução na Rússia, isoladamente e militarizando o país, uma vez que, foram obrigados a enfrentar o “exército branco” doméstico e o "cordão sanitário" de 14 potências que lhes invadiram o território, enquanto davam os primeiros passos para a construção do novo regime, para o qual não se dispunha de nenhuma "receita de bolo", num país ainda grandemente atrasado e feudal.

Embora na História, não se trabalhe com "se,s", mas, imaginem que os regimes nazi-fascistas tivessem se desenvolvido e empreendessem a guerra contra o "capitalismo liberal" e não houvesse a potente União Soviética a lhes impor a pesada derrota de Stalingrado, seguida pela sucessão de vitórias até chegar a Berlin, só para ficar num exemplo, como não poderia estar hoje o mundo ?

A história da Revolução de 1917 e das conquistas dos povos soviéticos, são um manancial imenso que marcou e marca ainda hoje a humanidade, em diversos sentidos.
Para mim, apesar de todos os pesares, o saldo é altamente positivo.

Viva o Centenário Vermelho!

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